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Pesquisadores realizam levantamento histórico que revela curiosidades sobre o surgimento, a popularização e a decadência do ato de beijar.
Hoje em dia, o beijo na boca é um ato comum entre pessoas que possuem um relacionamento afetivo mais forte e próximo. Contudo, isso nem sempre foi assim. A antropóloga Vaughn Bryant, da Universidade Texas A&M, fez um levantamento histórico para tentar traçar uma linha do tempo do beijo — a qual foi revelada para o Discovery News.
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E isso não é tudo. Um poema de Mahabharata elaborado 500 anos mais
tarde contém claras referências ao que seria o beijo: “Ela encostou a
sua boca na minha e fez um barulho e isso produziu prazer em mim”. Além
disso, o Kama Sutra, uma clássica obra erótica escrita no início do
século V depois de Cristo, tem descrições de técnicas do beijo.
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Para eles o beijo não era apenas um “beijo”. Os romanos tinham diferentes maneiras de beijar. O osculum era uma forma de demonstrar amizade, sendo entregue geralmente no rosto. Havia também o basium, o qual era um tipo de beijo mais sensual em que as bocas já se encostavam. Por fim, o savium consistia em beijos mais apaixonados, que mais tarde ficou conhecido como “beijo francês” ou “beijo de língua”.
O beijo era levado tão a sério na Roma Antiga que foram criadas leis para a sua prática. Por exemplo, “se uma garota virgem fosse beijada de maneira apaixonada em público, ela tinha o direito de exigir o casamento com o homem que a beijou”, relata a antropóloga.
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Como muitas pessoas naquela época não sabiam ler nem escrever, o beijo ainda foi usado para selar contratos. Nesse mesmo período, a Igreja Católica começou a se preocupar com o beijo, temendo que ele incentivasse a atos carnais. Por isso, o Papa Clemente V, durante o Concílio de Vienne entre os anos de 1311 e 1312, proibiu o chamado “beijo santo” que era praticado durante os eventos religiosos — hoje, esse gesto de paz é exteriorizado com um aperto de mão.
Pesquisadores realizam levantamento histórico que revela curiosidades sobre o surgimento, a popularização e a decadência do ato de beijar.
Hoje em dia, o beijo na boca é um ato comum entre pessoas que possuem um relacionamento afetivo mais forte e próximo. Contudo, isso nem sempre foi assim. A antropóloga Vaughn Bryant, da Universidade Texas A&M, fez um levantamento histórico para tentar traçar uma linha do tempo do beijo — a qual foi revelada para o Discovery News.
No início de tudo
Os pesquisadores acreditam que a ação de encostar uma boca na outra surgiu há milhões de anos com a tentativa de mamíferos passar comida para sua prole. A partir dessa observação, tendo-se em vista que também somos dessa classe de animais, o estudo aponta que os humanos também trilharam esse caminho, ou seja, em algumas ocasiões as mães procuravam alimentar seus filhos diretamente boca com boca.Os primeiros indícios
Embora a origem real do beijo ainda seja um mistério, historiadores encontraram indícios da prática na Índia. Quatro textos da literatura de Vedic Sanskrit, uma língua antiga do país, datados de 1.500 A.C. descrevem que os indianos tinham o costume de esfregar e encostar os narizes. Eventualmente, os lábios se encostavam e alguns achavam isso prazeroso.Expandindo horizontes
O ato de beijar teria ultrapassado as fronteiras da Índia no ano de 326 A.C., graças aos exércitos de Alexandre, o Grande. Os soldados aprenderam a prática com os indianos e as levaram de volta para suas casas. Com a morte do renomado conquistador, suas tropas foram divididas e espalhadas por várias áreas do Oriente Médio, e com eles o beijo.A popularização do beijo
Os romanos foram um dos maiores responsáveis pela popularização do beijo, levando-o para boa parte da Europa e partes do norte da África. “Eles foram missionários devotos do beijo”, menciona Bryant.Fonte da imagem: Jastrow/Wikimedia Commons
Para eles o beijo não era apenas um “beijo”. Os romanos tinham diferentes maneiras de beijar. O osculum era uma forma de demonstrar amizade, sendo entregue geralmente no rosto. Havia também o basium, o qual era um tipo de beijo mais sensual em que as bocas já se encostavam. Por fim, o savium consistia em beijos mais apaixonados, que mais tarde ficou conhecido como “beijo francês” ou “beijo de língua”.
O beijo era levado tão a sério na Roma Antiga que foram criadas leis para a sua prática. Por exemplo, “se uma garota virgem fosse beijada de maneira apaixonada em público, ela tinha o direito de exigir o casamento com o homem que a beijou”, relata a antropóloga.
Acordo fechado
Na Idade Média, o beijo ganhou outros significados. Ele passou a ser elitizado, sendo que somente pessoas da mesma classe social poderiam se beijar na boca. O ósculo também virou um sinônimo de submissão, tanto que os servos eram obrigados a beijar mãos, pés e até o chão de seus “patrões”.Como muitas pessoas naquela época não sabiam ler nem escrever, o beijo ainda foi usado para selar contratos. Nesse mesmo período, a Igreja Católica começou a se preocupar com o beijo, temendo que ele incentivasse a atos carnais. Por isso, o Papa Clemente V, durante o Concílio de Vienne entre os anos de 1311 e 1312, proibiu o chamado “beijo santo” que era praticado durante os eventos religiosos — hoje, esse gesto de paz é exteriorizado com um aperto de mão.